segunda-feira, 16 de março de 2009

Ser Ruiva ou Não Ser

Ser ruiva segundo o Aurélio significa simplesmente mulher de cabelo ruivo.
Mas meus amigos a coisa é mais complexa do que somente a cor dos cabelos.
A ruividão é muito boa, mas também tem seus percalços.
Os apelidos são as coisas mais esdrúxulas do mundo: Arroto de crush, água de salsicha, Curupira, cabeça de beterraba, pica-pau, catchup ambulante, enferrujada, foguinho e outros.
Quando encontramos outro ruivo, imediatamente, ele vira nosso parente, não importa a idade que tenha.
- Olha sua irmã!
- Olha que lindo! Seu filho.
- Olha sua mãe!
Cassete! Não somos uma tribo onde todos somos parentes!
Mas a pergunta mais chata é:
- você é ruiva de verdade?
Na verdade a pergunta não irrita tanto quanto a mensagem subliminar: você tem todos os pêlos do seu corpo ruivos?
Ninguém pergunta pra uma negra, ou loira, ou japonesa se ela é de verdade.
É lógico que sou ruiva de verdade. Olhe bem minha sobrancelha, minhas sardas, os pêlos do meu braço, putaquepariu.
Somos ponto de referencia, assim como o careca, o gordo...
Agora imaginem, quando além de ruiva somos gordinhas, ou ainda, temos um nome ou sobrenome diferente. Imagine então quando somos crianças, gordinhas, ruivas, com nome difícil e sobrenome estranho, tudo junto. Aí meu amigo...fodeu!
E depois de passarmos tudo isto, desde a infância, ainda temos que aguentar comentários e acusações de que mulher ruiva é ardida e geniosa.
Claro que é ardida. Olha que vida dura cheia de preconceitos, que são superados a cada dia.
Então quando for falar qualquer coisa de uma mulher ruiva pense bem, pois ela pode ser a pessoa mais doce e envolvente do mundo ou enfiar uma colher no seu joelho (by Roxele).

Um comentário:

mélis disse...

é o preço... de nascer com esse "marketing" todo. prontinho! hehehe