terça-feira, 29 de setembro de 2009

1 segundo, apenas 1 segundo.

Domingo estava esperando uma amiga pra almoçar e sem ter o que fazer para passar o tempo resolvi mexer na agenda do celular. No meio de vários números que nunca liguei e pessoas que nem sei mais quem são, estava o nome/tel da minha “fornecedora” de anfetaminas.
Na hora me lembrei que poucas pessoas têm este telefone, que quando comecei a usar o “produto” falava com outras pessoas que intermediavam a compra e entrega. O pagamento só podia ser feito em dinheiro e em mãos, nunca depósito em conta, tinha uma pessoa na faria lima, uma recepcionista, em um prédio de engenharia, que recebia o dinheiro e o remédio vinha pelo correio

Parece que estou falando de um traficante ? E realmente estou, pois durante muito tempo fui dependente desta merda. Vivia no efeito incha desincha e não conseguia emagrecer, mas queria mais, sempre mais, pois além da sensação de estar mais leve porque fazia muuuuito xixi, ainda tinha uma disposição monstruosa para fazer o que me pedissem, era capaz de correr a são silvestre de cabo a rabo. Nem ligava de ficar com a boca seca, não ter sono, estar sempre com os olhos esbugalhados e falar mais do que a boca. Meu relógio despertava na hora de tomar o remédio e eu largava o que fosse para tomar, quantas vezes sem água mesmo.

E buuuummmmm em menos de 1 segundo apaguei aquela informação da minha vida.
Se vou conseguir emagrecer mais ou manter o meu corpo como está eu não sei, mas tenho certeza que passar por todo este processo outra vez eu não quero mais.

domingo, 20 de setembro de 2009

Inconstancia

Será que sou eu, ou são todas as mulheres?
Não precisamos estar de TPM pra decidir alguma coisa com a mão na cintura, dedo apontado, cabeça balançando de um lado para outro, cheia de certezas, para dez minutos depois mudarmos totaaalllllmente de idéia.
Pois é, sempre achei que eu era diferente, que quando decidia alguma coisa ia, fazia e não mudava de idéia. Mas descibri que quando se trata de assuntos do coração eu sou uma GOIABA.
O que acontece é que sou a pessoa que mais tira conclusões sobre atitudes alheias deste mundo. Sou La reina do achismo.
Conversar, esclarecer e assim não se sentir deconfortável é a melhor opção, sempre.

O importante é que Londres me espera.

EBAAAAAAAA

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Saudades

Este texto não foi escrito por mim, mas achei o máximo.
Sei que é longo, mas...foda-se..rsrs, tô melancólica mesmo e morrendo de saudades.


Trancar o dedo numa porta dói.
Bater com o queixo no chão dói.
Torcer o tornozelo dói.
Dói bater a cabeça na quina da mesa,dói morder a língua,dói cólica, cárie e pedra no rim.
Mas o que mais dói é a saudade...
...Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais.
do amigo imaginário que nunca existiu.
Saudade da gente mesmo, que o tempo não perdoa...
...Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama.
Saudade da pele, do cheiro, dos beijos.
Saudade da presença, e até da ausência consentida.
Você podia ficar na sala e ela no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá.
Você podia ir para o dentista e ela para a faculdade,mas sabiam-se onde.
Você podia ficar o dia sem vê-la, ela o dia semvê-lo, mas sabiam-se amanhã.
Saudade é basicamente não saber.
Não saber mais se ela continua fungandonum ambiente mais frio.
Não saber se ele continua sem fazer a barba por causa daquela alergia.
Não saber se ela ainda usa aquele vestido listrado.
Não saber se ele foi na consulta com o dermatologista como prometeu.
Não saber se ela tem comido bem por causa daquela mania de estar sempre ocupada;
se ele tem assistido às aulas de inglês,
se ela continua preferindo suco;
se ele continua sorrindo com aqueles olhinhos apertados;
se ela continua dançando daquele jeitinho enlouquecedor;
se ela continua cantando tão bem;
se ele continua amando;
se ela continua a chorar até nas comédias.
Saudade é não saber mesmo!
Não saber o que fazercom os dias que ficaram mais compridos;
não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento;
não saber como frear as lágrimas diante de uma música;
não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.
É não saber se ele está feliz, e ao mesmo tempo perguntar a todos os amigos.
É não querer saber se ele está mais magro,se ela está mais bela.
Saudade é isso que sentienquanto estive escrevendoe o que você, provavelmente, está sentindo agora depois que acabou de ler.

Putaquepariu...

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Bandido também tem mãe

Estava saindo do inglês na semana passada, terça feira, quando minha mãe me ligou desesperada pedindo para eu não ir para casa. Desligou o telefone e não deu explicações. Acontece que no prédio ao lado da minha casa estava acontecendo uma troca de tiros entre 10 assaltantes e “n” policiais.
Quando pude voltar pra casa dei de cara com três “presuntos” sendo arrastados pela rua até o camburão, dois só de cuecas e um de camisa branca e calça social.
O assalto foi noticia em todas as redes de televisão...um sucesso. Mas o que mais me deixou puta, além o medo, foi que um dos bandidos antes de ser executado chamou pela mãe. Não é uma fofura um filhodaputa desses lembrar que tem mãe na hora de morrer e ainda chamar por ela, depois de ter feito 15 pessoas reféns, dar duas coronhadas na cabeça de um velhinho e sair atirando em quem aparecesse. Chega a ser comovente.
Outra coisa que aprendi, além de que não temos segurança nenhuma em lugar nenhum, foi que os dois bandidos estavam de cuecas porque foram executados depois de se renderem. Como eles estão com os braços pra cima quando se rendem o tiro fica marcado na roupa em uma altura diferente de que se estivessem em outra posição e daí a perícia é obrigada a descrever esta situação, por isso rasgam a roupa do infeliz...Deu pra entender.
Não sei explicar o que senti naquele dia mas sei que minha casa ganhou novas trancas e alarmes.