Domingo estava esperando uma amiga pra almoçar e sem ter o que fazer para passar o tempo resolvi mexer na agenda do celular. No meio de vários números que nunca liguei e pessoas que nem sei mais quem são, estava o nome/tel da minha “fornecedora” de anfetaminas.
Na hora me lembrei que poucas pessoas têm este telefone, que quando comecei a usar o “produto” falava com outras pessoas que intermediavam a compra e entrega. O pagamento só podia ser feito em dinheiro e em mãos, nunca depósito em conta, tinha uma pessoa na faria lima, uma recepcionista, em um prédio de engenharia, que recebia o dinheiro e o remédio vinha pelo correio
Na hora me lembrei que poucas pessoas têm este telefone, que quando comecei a usar o “produto” falava com outras pessoas que intermediavam a compra e entrega. O pagamento só podia ser feito em dinheiro e em mãos, nunca depósito em conta, tinha uma pessoa na faria lima, uma recepcionista, em um prédio de engenharia, que recebia o dinheiro e o remédio vinha pelo correio
Parece que estou falando de um traficante né? E realmente estou, pois durante muito tempo fui dependente desta merda. Vivia no efeito incha desincha e não conseguia emagrecer, mas queria mais, sempre mais, pois além da sensação de estar mais leve porque fazia muuuuito xixi, ainda tinha uma disposição monstruosa para fazer o que me pedissem, era capaz de correr a são silvestre de cabo a rabo. Nem ligava de ficar com a boca seca, não ter sono, estar sempre com os olhos esbugalhados e falar mais do que a boca. Meu relógio despertava na hora de tomar o remédio e eu largava o que fosse para tomar, quantas vezes sem água mesmo.
E buuuummmmm em menos de 1 segundo apaguei aquela informação da minha vida.
Se vou conseguir emagrecer mais ou manter o meu corpo como está eu não sei, mas tenho certeza que passar por todo este processo outra vez eu não quero mais.